A amamentação é cercada de expectativas, tabus e, infelizmente em alguns casos, frustrações. Sendo um laço compartilhado, construído na interação da mãe com o bebê, ela é também erroneamente entendida como algo “simples”.
Para muitas mulheres, esse processo se torna um verdadeiro desafio, que é prejudicado pela falta de suporte familiar e médico, insegurança, adoecimentos, preocupação com a saúde do bebê, questões emocionais, conselhos excessivos e julgamentos.
As dores que o amamentar ou a falta dele podem trazer, e não estou falando apenas de dores físicas, são negligenciadas e cercadas de críticas.
Esse texto é uma oportunidade de dizer a cada mulher que por um ou vários motivos não conseguiu ou tem dificuldades em amamentar: tudo bem você não “dar conta” de tudo, tudo bem você apresentar vulnerabilidades. Não há demérito nisso, cada mãe é única e cada uma apresentará um tipo de dificuldade. Você não será “menos mãe” por não amamentar ou caso o bebê desmame cedo.
E olha só, há tanto ainda para você aprender e aproveitar! O bebê cresce e os desafios mudam, você descobre que é ótima em ajudar nas atividades físicas, aprende a cozinhar os pratos prediletos e estará presente em cada consulta médica. Todos esses detalhes te construirão como mãe, e no fundo, o que eles terão em comum é o cuidado e afeto que possuem.
Amamentar é sim importante! Mas caso não seja possível, uma equipe multidisciplinar de profissionais da saúde são capazes de construir alternativas, saídas e melhores opções — para a saúde do seu bebê e também do seu próprio bem estar. Essa trajetória tão bonita não precisa desse peso, se permita ser mãe, humana e errar.
Tá tudo bem, sério.
